outubro 04, 2010

famiLIES



Família é uma instituição, na qual se aprende as leis básicas de comportamento, principalmente. É uma união de membros que foram gerados justamente para constituí-la e para formar uma hierarquia; pai-filho. Dentro da qual lições de moralidade são diariamente impostas de inúmeras maneiras (o que acaba definindo a estrutura de tal junção). Diferenças notórias são apontadas de uma instituição para a outra, às vezes pelo lado bom, às vezes pelo ruim e às vezes de maneira equivocada. Não importa! O fato é que grande parte delas, senão totalidade, é firmada por pequenas mentiras que, quando vêm à tona, causam desconfianças.

Quando essa linha de "o mal para o bem," no entanto, passa a ser tão prejudicial àquilo que antes tinha como base, e sinônimo, a palavra "Confiança"?

O passar dos anos tem transformado os métodos de educação, mas, no entanto, aqueles que foram filhos e hoje são pais, são quase incapazes de se adequarem a esses meios (cada qual com sua razão). Encontram, então, como solução, educarem como foram educados; seguindo sempre um paradigma, se esquecendo das mudanças que ocorrem, inegavelmente, de década para década, de ano para ano; Fazendo com que as pequenas mentiras se tornem cada vez maiores, já que privam da liberdade de provar. O medo de seus erros serem novamente cometidos os levam a cometer o maior de todos: proibir. E o receio de, ao conversar sobre certos assuntos, como, por exemplo, sexo e drogas, despertar a curiosidade, desencadeia outras mais ocasiões problemáticas que põem em risco toda a instituição chamada Família.

A pressão mundial em ter que ter dinheiro para viver, desestruturou ridiculamente a base de tudo. E o que antes, como já citado, era fixado entre "Confiança" e derivados, hoje é relacionado à estresse, dívidas e etc. O trabalho tornou-se prioridade e, como consequência, a ausência de tempo para conversas entre os membros da união ficou em evidência. Tudo o que poderia e deveria ser discutido entre aqueles que pertencem à mesma junção, é levado para a rua; na teoria e na prática se aprende, muitas vezes errado, sem conselho e base alguma. Logo, o sentir-se bem vira adequado ao mundo que existe porta à fora, com desconhecidos ou em relacionamentos amistosos com data de validade.

Confiar, apoiar, entre outros, viraram apenas verbos entre quatro paredes.

outubro 02, 2010

A (RE)volta de uma vida.


Cansada, eu desisti de guerrear contra algo que sequer podia enxegar: o medo. O medo fez com que eu me sentisse incapaz de lidar com o caos que o mundo é, incapaz de não me apegar a tudo o que ele me trouxe de conforto. O medo não mata! Me destruí cada vez que me refugiei dos grandes obstáculos, cada vez que recusei uma ajuda de um desconhecido por estar acostumada a sentir medo, justamente. (...) Mas devo-lhes dizer, caros amigos, que tentei. Nos últimos dias que respirei, lutei contra o que me foi causado; comparei-me diariamente com todos os insetos que virei de ponta cabeça, e, surpreendentemente, me senti igual a eles: Fria e desesperada para voltar à batalha da sobrevivência. Diferentemente deles, no entanto, eu desisti.



Antonietta.