setembro 06, 2011

Sejamos um.


Quando mais novos, ao se estudar sistema nervoso aprendemos que o ser humano possui a maior complexidade por ser provido de raciocínio lógico, noções de posição, espaço e precisão. Com o passar do tempo, no entanto, é possível notar a digressão de tal característica.
De geração em geração, novos costumes e hábitos se fazem presentes, novos conceitos e estereótipos são formados e mais se torna visível o choque entre os atuais e os antigos e, surpreendentemente, dos atuais com aqueles que ainda estão formando princípios. Indubitavelmente, a mídia, como um todo, tem uma grande participação nessas batalhas que são travadas na sociedade no dia-a-dia. Todavia, é necessário perguntar-se a razão para tamanha intolerância com aquilo que é diferente e que não condiz com os valores pessoais de cada um.
Atualmente é absolutamente notário o instinto de busca pela igualdade entre os sexos, por exemplo, o que faz imaginar que adiante há uma grande evolução. Porém, pode-se ao mesmo tempo perceber que esta mesma racionalidade que leva à semelhança também leva à grotesca ação selvagem e animalesca vindo de um ser humano baseado apenas nas diferenças; Fazendo com que não seja mais raro presenciar cenas de violência verbal ou física, ou ambos, por razões de mera incompatibilidade ideológica. Tamanha agressão psicológica que faz ligação direta com a exclusão sustentada pelo preconceito - este que está em crescimento.
A perca de características exclusivamente humanas torna precisa a discussão a respeito daquilo que é posto como "normal", para que, assim, padrões caiam e a aceitação seja tão parte da realidade quanto é a diversidade.