abril 29, 2010

Eu conheci.


A primeira vez que o vi, eu assustei até demais. Jamais poderia crer que um dia aquilo aconteceria, nem nunca imaginei que era algo visível. Na realidade, sempre duvidei da existência.

Meu anjo da guarda estava sobre o meu corpo, me fitava com um sorriso largo em sua face. E sua aparência era típica de contos infantis, cachinhos dourados, olhos claros, pele branca, bem branca. Estava vestido com apenas uma peça de roupa, algo largo e de cor clara, um tecido semelhante a seda. Ainda não tenho certeza se é um garoto ou uma garota, e para falar a verdade, sei nem se tem essa diferenciação. Seus dentes perfeitos que montavam seu sorriso me conquistavam e me faziam sorrir também. A sensação plena de paz que tomou conta do meu corpo me fez estremecer, mas com a certeza de que era por algo bom. Mesmo um pouco distante, pude enxergar seus lábios se mexerem e como mágica, fui presenteada com um “bom dia!” em um tom doce no pé do ouvido.

Desde então, minhas manhãs são iniciadas e tranquilizadas assim, com um lindo pequeno garoto, ou garota, me desejando bom dia antes mesmo de eu me levantar.