dezembro 20, 2010

De volta ao lar.


Não posso dizer que ter sido uma peça fora do tabuleiro somente me tenha feito mal. Porque embora eu estivesse em uma "missão" de quase auto destruição, o ato de refletir se fez mais acessível nos dias que eu, aparentemente, estava sozinha. Eu havia me fechado no meu mundo, havia me programado a recusar qualquer tipo de novidade que pudesse me tirar da zona de conforto. Não me fez totalmente bem, mas sei que cresci muito por ter aprendido a lidar com minha loucura.

Agora, estar em família e me sentir bem é uma coisa nova para mim. Quero dizer, é algo que a muito tempo eu não tinha. Depois de tantos meses, quando me olho no espelho, hoje, para pensar nos meus dias, sinto-me estranha ao notar que voltei ao jogo. Voltei para o baralho. Não está sendo fácil me controlar por um medo de machucar quem me ouve, mas tem sido prazeroso ver os resultados e ter pessoas ao meu lado para presenciá-los também. O que antes tanto parecia confuso e absolutamente recusável, voltou a ser a estrutura básica. O apoio que eu não tinha, a cada dia mais, tem sido exposto. A confiança está voltando para o lugar. O respeito e o carinho, de mãos dadas, estão cada vez mais presentes. O medo de ser punida e não compreendida tornou-se um medo de perder aqueles que, querendo ou não, notando ou não, sempre estiveram ao meu lado.

Estou podendo ser eu mesma. Estou me sentindo viva!