
Eu gosto de mentir. Gosto de mentir para mim, para os outros, para qualquer um que se interesse pelas palavras que falo ou escrevo. Não são muitas e nem sempre tenho alguém para quem dirigi-las, mas na primeira oportunidade lá estou eu testando a ingenuidade alheia; a capacidade de duvidar e confiar. Confesso que realmente desgosto desses indivíduos que se acham no direito de me encherem de questões que pouco lhe dizem respeito, e são eles que me provocam, eles que criaram e sustentam essa mentirosa que sempre toma o poder e sai domando um canto aqui, outro canto ali, eu por inteira.
Não me culpe!
Por vezes hesitei e cogitei a possibilidade de falar algumas verdades, em fim, no entanto, rendo-me à deliciosa sensação de estar no controle da história. Não pense você que estou em todas as circunstâncias emocionalmente e até fisicamente em equilíbrio… Como já disse, eu (apenas) gosto de mentir.
Agora, peço-lhe um favor: Confie em mim. Estou falando a verdade.