março 23, 2010

Inusitado.


Quantas vezes conheceu alguém por um acaso, em um lugar que nunca imaginaria, e que houve logo uma compatibilidade de gênios? Quantas vezes olhou ao lado para tentar encontrar essa pessoa, e se perdeu de tanta gente que havia; menos ela?

Não é novidade alguma saber que as pessoas atualmente têm facilidade em criarem laços. Tampouco novidade é esse coleguismo durar algumas horas de um bom papo, e nada mais. Se impressionar com a maneira como o relacionamento não vai pra frente, chega a ser um ato de ingenuidade. Assim como cobrar a presença dele em sua vida, de desespero.

Algumas vezes depositamos confiança em uma pessoa que aparece de um jeito que nos faz crer que será duradouro; aquela conversa que rende mais do que com um amigo de muito tempo, nos dá a certeza de que no dia seguinte ela se repetirá. Entretanto, quando nos damos conta que, assim como nós inicialmente, ela também estava apenas afim de um papo, ficamos desconsolados e tentando compreender o porquê de não ter virado uma amizade; um motivo para que não aconteça novamente tal acontecimento. Porém, a verdade é que só ficamos “deprimidos” até quando aparece um outro alguém que nos faz esquecer o passado; mas eis que tudo se repete, como um real ciclo.

Convenhamos que também somos propícios a cometer esse quase erro. Portanto, devemos de alguma maneira nos convencer que tudo não se passa de um instante que se apetece uma conversa sincera com alguém que não opinará sobre fatos antigos que lhe ocorreu, afinal, ele sequer sabe a data do seu aniversário, por exemplo. As coisas novas nos fazem crescer os olhos e ficar animados com o resultado que aquilo nos pode causar, e é completamente compreensível. Entretanto, não se deve pôr todas as suas fichas em cima de uma pessoa que pouco se conhece, até porque, você também não sabe a data do aniversário dela, provavelmente.