
dezembro 20, 2010
De volta ao lar.

dezembro 18, 2010
Algum tipo de desabafo.

dezembro 03, 2010
Surtando em palavras.

novembro 30, 2010
Nas entrelinhas.

Eu gosto de mentir. Gosto de mentir para mim, para os outros, para qualquer um que se interesse pelas palavras que falo ou escrevo. Não são muitas e nem sempre tenho alguém para quem dirigi-las, mas na primeira oportunidade lá estou eu testando a ingenuidade alheia; a capacidade de duvidar e confiar. Confesso que realmente desgosto desses indivíduos que se acham no direito de me encherem de questões que pouco lhe dizem respeito, e são eles que me provocam, eles que criaram e sustentam essa mentirosa que sempre toma o poder e sai domando um canto aqui, outro canto ali, eu por inteira.
Não me culpe!
Por vezes hesitei e cogitei a possibilidade de falar algumas verdades, em fim, no entanto, rendo-me à deliciosa sensação de estar no controle da história. Não pense você que estou em todas as circunstâncias emocionalmente e até fisicamente em equilíbrio… Como já disse, eu (apenas) gosto de mentir.
Agora, peço-lhe um favor: Confie em mim. Estou falando a verdade.
novembro 08, 2010
Eu e Ele - Desconhecidos.

Carta Resposta.

Presente!

outubro 04, 2010
famiLIES

outubro 02, 2010
A (RE)volta de uma vida.

Antonietta.
setembro 24, 2010
Aquática.

setembro 09, 2010
Eu reconheço.
O sabor peculiar invade minha boca deixando-a levemente salgada.
Inteiramente.
Como o gosto de soro, ao final posso sentir um sabor que desagrada.
Mas não na língua;
Sinto no peito. Sinto na mente.
Sensação de isolamento, mais uma vez.
Perdida, preciso de ajuda.
setembro 01, 2010
Heroína disfarçada.

julho 27, 2010
A mais antiga diversão do homem.

julho 07, 2010
Encontro.

Tu tu tu tu tu...
junho 15, 2010
Criatura divina.

- Será que eu posso?
Ele deu de ombros.
Deixei meu corpo cair no concreto pintado de cor branca e, de costas, escorreguei o corpo para o chão, ajeitando-me aos poucos ao lado daquele ser. Sua aparência perfeitamente assimétrica tinha total controle sobre meus olhos; era nada comum, diferente de tudo o que eu já havia visto. Repulsivo. Encantador! A paz que dava de apenas fitar aquelas imperfeições me trouxe dúvidas aparentemente sem respostas. Separei meus lábios, cheguei a pegar fôlego para bombardeá-lo com todas as minhas questões, mas logo juntei-os novamente envergonhada.
- Como ousa?
- Perdão?
- Não tem medo de mim?
- Por que o teria?
- Olhe bem! -Agarrou-se ao pedaço de carne crua como se estivesse aquecendo uma criança nua.
- Não entendi.
- Eu posso te fazer feliz. Eu posso te destruir, fazê-la erguer novamente. Sou capaz de te fazer guerrear consigo mesma, tenho o dom de trazer paz nos momentos mais absurdos. Sou poderoso, criança. Comigo você não vai conseguir fechar os olhos para dormir com medo de eu te deixar, ou até mesmo por que estará fazendo orações para que eu vá embora. Nunca mais terá tanta racionalidade, tomarei conta de tudo, comandarei cada passo e pensamento seu. Suas risadas serão somente as mais sinceras ao meu lado, e suas lágrimas se tornarão cada vez mais presentes por tudo o que trarei comigo. Sou um pacote!!
Seu tom baixo, sua voz inacreditavelmente doce chegava aos meus ouvidos como uma verdadeira e bem feita canção de ninar. Cerrei meus olhos, deixei que, como ele havia feito, o vento movimentasse meus fios de cabelo. Meus lábios sorriram sem o meu comando, senti meu coração palpitar silenciosamente no ritmo da tranqüilidade que acabava de se acomodar.
Saí do meu estado de êxtase. Voltei a fitá-lo com desejo. Encantou-me completamente. Segurou o pouco que restava de seu alimento com a mão mais distante de mim, e com a outra fez pressão sobre meu peito; sobre meu coração.
- É disso que eu me alimento!
- Tudo bem.
- Ainda assim não tem medo?
- Eu preciso da sua presença na minha vida. Preciso dessa insanidade. Minha vida só terá sentido quando não tiver sentido algum pela minha luta.
- Mas muito provavelmente irei feri-la.
- Você está pedindo licença para entrar na minha vida?
- Não! Nunca faço isso. Eu já sei que já estou no controle.
Senti um breve calafrio levantar meus pêlos cobertos pelo tecido grosso de minha blusa enquanto ele afastava sua mão do meu corpo.
- Posso ao menos saber o seu nome?
- Amor. Este é o meu nome: Amor!
junho 02, 2010
Cartas sem destino.

Um desses papéis estava particularmente mais amarelado. Lendo-o, admirei-me ao notar o efeito da droga que cheguei a experimentar nos desejos ali escritos: você. Um estado de dependência absoluta, uma delícia de sensação que fazia um largo sorriso abrir em minha face. Tão brilhantes eram seus olhos, tão adorável sua pele, tão apaixonante o aperto dos seus braços no meu corpo.
Te senti comigo. Seus passos silenciosos circundavam meu corpo encolhido e ajoelhado no centro do quarto, suas mãos me aqueciam como fresta do Sol em dias de frio, sua voz, tão imaginativa quanto sua presença, era uma brisa gostosa que arrepiava cada pelo da superfície de minha pele. Abracei cada folha encontrada, todas as cartas que deveriam estar em suas mãos, apertei-as em meu peito. Tive certeza, a absoluta e absurda certeza de que naquele momento você ouviria meu coração acelerar.
maio 18, 2010
(In)Sanidade.

O sangue ferve. As mãos tremem. As palavras são soltas sem o mínimo de cautela. Sabe-se o que machuca, onde está cada ferida. Ataca! Ataca mesmo que não seja por causa pessoal. Ataca somente por instinto. Por opção.
Agora basta abrir os olhos. Um ato rápido e simples. Ver. Enxergar. Responder. É justo? Perdeu! Perdeu tudo o que tanto defendeu. Falhou na briga mais importante. Está sozinho!
maio 13, 2010
Manual de Instruções.

Nada com nada. Princesas defendem o planeta, usam canetas coloridas, falam calmamente -sempre com uma postura encolhida. Não falam palavrão, defendem o ser homem. Entendem os animais. Acreditam em duendes, tem amigas fadas. Tem letra arredondada, desenhos caprichados. Sua voz fina e de baixo tom representa sua delicadeza, e se complementa com a sutileza do andar. Elas se vestem bem, escovam os fios de cabelo com perfeição, se maquiam para onde quer que vão. As princesas são indefesas, e visivelmente, facilmente, admiradas.
maio 08, 2010
Bandeira branca.

-Feliz dia das mães, mãe!
Um feixe de luz perdido no final do túnel apareceu repentinamente para Antonieta.
Era um sorriso de agradecimento pela bandeira branca erguida naquela noite.
Ser humano x Perfeição.

“ Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. “ (Antoine de Saint-Exupéry)
Um erro. Um ato mal pensado, irracional, inocente talvez. Basta um passo em falso para que o nome suma, e todo o histórico de vida desapareça. É simples de entender, e quando acontece, é tão rápido quanto um carro na corrida de F1. Ao fechar os olhos no ato involuntário de piscar, e quando voltar a abri-los, pronto, já foi, a borracha do erro se concretizou e apagou.
A grande questão por trás disso é, se a confiança, um dos sentimentos indispensáveis para um bom relacionamento, some de cara, logo na primeira atitude equivocada, como fazer para consertar o estrago? Na realidade, tem como?
Talvez pela posição que me encontro, essa solução não esteja dentro do meu campo periférico de visão. Então, torno-me vazia quando tento encontrar uma maneira de provar que os erros são o caminho para o certo, e que a falta de confiança de terceiros nada mais é, senão um impulso para a desistência.
Errar faz parte da dádiva que é viver. No entanto, pagar por isso, também.
maio 06, 2010
“Sou brasileiro e desisto nunca!”
Ah! Qual é? Qual o orgulho que a sua (nossa) nacionalidade dá? Futebol? Que é marcado por guerra ininterruptas de torcidas “organizadas”, e pelo os melhores jogadores caírem fora do país na primeira, no máximo segunda, chance. Carnaval? Que caracteriza muito a vida cotidiana do país, certo? Festas, bunda de fora, e tudo mais. Povo caloroso? O que, convenhamos, só vemos que essa paixão existe quando é um artista, seja ele de qual área for, que está diante das pessoas, porque quando é um morto de fome caído pelo chão sem ter sequer onde se deitar, nenhuma paixão é visível ali. “O cara!”, segundo Barack Obama? Nosso querido Presidente te dá orgulho de ser brasileiro? Ok, reconheçamos que para quem é semi-analfabeto, que começou como torneiro mecânico, e hoje estar na Presidência da República de um país do porte que o Brasil é (e quando digo “porte” quero dizer pela imensidão do território e número de população), a luta foi grande e nada fácil. Porém, sabe você que no Governo Lula há mais de cem casos de escândalos? Os quais, é claro, ele não sabia.
Vamos lá, 2010 é ano de novas eleições. Além do presidente da República, também serão eleitos governadores, senadores e deputados federais, estaduais e distrital. Sendo que:
Presidente da República – quatro anos no governo.
Senador – oito anos.
Deputados – quatro anos.
Ignorando as reeleições, já é um bom tempo! Sim, é claro, não deixo de lado o fato de que com a quantidade de coisa a ser feita, o tempo vira curto, no entanto, é o suficiente para fazer um enorme estrago também. Por isso, a única maneira de podermos corrigir o país, ter orgulho de onde vivemos (e não, não estou falando das praias e nem nada disso!), o primeiro passo a ser dado é do povo. Sim, do povo. Este mesmo que elege os carrascos para o poder e que depois reclamam. Um voto com sabedoria, e com o mínimo de consciência, pode mudar tudo. Não adianta pensar que “as crianças são o futuro do Brasil”, sendo que a cada mês as coisas pioram duas, três vezes mais. É uma bola de neve que nunca para de rodar, de crescer.
Candidatos à Presidência da República:
Dilma Rousseff (PT),
Ciro Gomes (PSB-CE)
José Serra (PSDB)
Aécio Neves (PSDB)
Marina Silva (AC) -deve ser a candidata pelo Partido Verde-.
Para que o título deste Post tenha sentido, é necessário ter uma motivação.
E o Brasil não tem mais isso!
maio 03, 2010
Deus

Ela não é oriunda das tormentas que vi e vivi.
Provém das inúmeras e gélidas noites que acordei,
Trêmulo com o cortante frio que jamais senti.
Fujo de olhares impregnados com desprezo.
Ouço palavras vis, travestidas de benevolência.
São pronunciadas com com falsa meditação,
Por homens convictos de Tua existência.
Perco-me na confusão que chamam de Vida.
Calado pelos outros, parei de me expressar.
Guardo para mim as tristes incertezas,
Que poucos ousam questionar.
Todavia, não é o meu silêncio forçado que incomoda.
Tampouco palavras repressoras e olhares de censura.
Não! O que tira meu sono à noite, Senhor,
É essa Tua indiferente – quiçá apenas ausente – postura.
Talvez minha muito limitada mente mortal
Não tenha captado o Vosso grandioso plano.
Mesmo assim, abomino esse propósito maior
Que, sem explicações, subjuga o ser humano.
És tão abstrato! Como Te descobriram; onde estás?
E nem sequer é essa a razão da crença inviabilizada.
Pois de imediato reconheço: eu até poderia ter fé,
Se vivêssemos de forma mais civilizada.
Para uma mera conclusão, calha reforçar o pensamento.
Nunca Te manifestastes, erguestes de alicerce nenhum.
Criamos molde utópico para o nosso próprio Criador,
Mas o vazio é o mesmo. E agora? Criaremos mais um?
Não espero acordar amanhã e encontrar a resposta
Que até hoje, apesar da busca constante, nunca veio.
Mas não nego que ainda sonho em descobrir, algum dia,
Que tudo isso não passa de um surreal devaneio.
Se por ventura a morte me acordar para outra realidade,
Então talvez haja um fio no qual perdure a esperança.
Mas enquanto não deixo a vida, continuo aqui;
O homem sem dormir, a alma que nunca descansa."
*Esse texto foi encontrado em uma comunidade do Orkut. O dono é identificado como Rourke. -O título foi por mim alterado, mas o texto foi devidamente mantido de acordo com sua forma original.
abril 29, 2010
Eu conheci.

Desde então, minhas manhãs são iniciadas e tranquilizadas assim, com um lindo pequeno garoto, ou garota, me desejando bom dia antes mesmo de eu me levantar.
abril 26, 2010
2040.

Com certeza isso é o tipo de coisa que deveria ser dito olhando nos olhos, mas como eu sei, ou acho que sei, as pessoas tendem a esquecer como são as circunstâncias em determinadas idades quando tem filhos. Então preferi escrever-te essa carta que somente será lida daqui a trinta anos. No seu aniversário de quinze anos.
Minha linda, todos dizem que é nessa idade que deixamos de ser menina e passamos a ser mulher. Não acredite! É bobagem! Não é obrigado ser mulher nessa idade, até porque, pelo o menos até agora, você só responderá como responsável por seus atos com os dezoito anos. Enfim.
Se ame. Se ame mais do que qualquer homem (ou mulher). Se por um acaso um dia o espelho te disser que não é bonita, saia da frente dele o mais rápido possível. NÃO o escute. Por que? Porque ouvi-lo lhe fará mal, e te tornará em alguém obcecada para buscar uma perfeição. E acredite, essa perfeição não é perfeita para você, e sim para os outros. Estude! Estude muito, é a única coisa que te dará adjetivos realmente válidos. Não queira fazer parte dos “bons” do colégio -aqueles que tiram nota baixa e comemoram. Caso tenha um encontro marcado, conte-me. Conte não somente para mim, mas para seu pai também -não está nos meus planos ter um marido cabeça fechada-, nossa relação será melhor assim. Namorados? Não se zangue comigo, eu vou contrariar muito quando eu não gostar da pessoa, mas tente escolher bem, por favor. Ah! Tecnologia? Passe longe disso, ou pelo o menos evite criar vínculos amistosos ou amorosos através dela. Isso te derrubará e vai te deteriorar aos poucos. Seu irmão logo completará a maior idade, e com isso vem faculdade, amigos mais velhos, bares, baladas. Não queira acompanhar esse ritmo. Talvez você dê conta dele, mas com certeza, você não se sentirá confortável -eu passo por isso. Não sofra sozinha. Eu sei o quanto é bom chorar calada, mas isso não faz bem. Caso faça isso com frequência, sua família será excluída da sua vida e nunca iremos poder te ajudar.
Saiba desde já, se por algum acaso duvida, que eu te amo muito! Entenda que tudo o que faço hoje, com meus quinze anos, já é pensando no seu futuro e no de seu irmão. Vocês estão no meu coração sem nem terem um pai ainda. Mas eu sei, e acredito de verdade, que de alguma forma já está tudo traçado, e que seremos uma família feliz.
Feliz aniversário, minha princesinha.
Sua mãe, L.
Campinas, 26 Abril, 2010.
abril 24, 2010
Have pride in who you are.

- Por favor, apenas me ouça! Pode ser que isso derrube nossa família, pode até ser que isso te faça criar um tipo de desgosto por mim, mas eu preciso falar. Não posso mais guardar esse tipo de segredo com medo de ser rejeitada. Talvez eu nunca devesse ter assumido para mim mesma e de alguma forma ter aceitado, mas seria um erro imenso querer mudar meu gosto, meu instinto. É sim, já faz dois anos ou talvez mais. Eu gosto de mulheres! –Tomei um fôlego profundo, e logo continuei sem dar espaço para que me retrucasse. – É! De mulheres. Não, eu não gosto somente de mulheres, e nem tenho vontade de ter uma vida sexual com alguma (“pelo o menos não ainda”, pensei), e não significa que olho para todas que cruzam o meu caminho com desejo. Homens me atraem. E mulheres me fazem tão bem quanto eles. Já tive relações com algumas e, é claro, apenas elas sabem desses momentos. Apaixonei-me por uma, mas não deixei que o sentimento se alastrasse, porque eu já sabia que nunca poderia trazê-las para casa e apresentar para meus pais como minha namorada.
Deixei que um peso imenso caísse dos meus ombros e logo os deixei cair juntos. Minha coluna adquiriu um formato mais arredondado, e minha cabeça permitiu-me apenas olhar para o chão. Eu podia sentir uma reação igual a minha, talvez uma decepção ou um alívio por saber o que estava acontecendo. Insano.
Chacoalhei minha cabeça rapidamente, cerrei meus olhos com força e fixei em minha mente.
“Se não tem forças para admitir ao seu próprio reflexo sua bissexualidade, como poderá olhar aos que te amam e dizer? Pode ser fácil falar sem parar e sem ter alguém para responder-te. Mas a pressão para que mudes, para que desista e se convença de que é apenas um momento, será muito maior do que a que um espelho pode parecer causar. Seja forte!”
Levantei de minha cama e deixei que o espelho refletisse apenas o espaço vazio que ali ficou.
abril 21, 2010
Núcleo atômico.

Suas mãos se uniram, mas seus corpos mantiveram-se distantes -uma verdadeira labuta! Ali, naquela junção entre duas cargas positivas, houve um espaço de inteiração forte, onde ambos já estavam acomodados indo contra à lei da física.
A dolência não se deixava passar por sorrisos adamastóricos que aos poucos surgiam. O palor de suas peles ia se partindo quando a rutilância tornava aos seus olhos. Tamanho exagero de sentimentos que ali estava presente, que nem sequer um ocaso poderia ofuscar.
Outrora os elétrons, a sociedade, traziam de volta os fantasmas noctívagos que implantavam naquela união sementes do monótono, do lasso. Afundavam-os em perfeita hipocondria.
Desd'aí só mesmo a imaginativa poderia salvá-los e trazê-los de volta ao seu mundo particular. Onde somente eles existiam.
abril 17, 2010
Veja bem...

porque não encontrará!
Não procure sentimentos no meu coração,
porque não achará!
Me falta uma parte, a qual talvez eu nunca mais terei de volta.
Me faltam pedaços que trariam verdades
e que justificariam todas as minhas revoltas.
Não adianta tentar encontrar em mim vestígios de sentimentos,
ou uma alma livre com esperanças.
Enfrente somente minhas atitudes,
pois elas revelarão meias ideias, alguns pensamentos,
parte das lembranças.
E a partir disso, você saberá quem sou.
Me conhecerá ao meio, na verdade,
porque sequer inteira estou.
abril 13, 2010
Efeito borboleta.

Arrependimentos sobre atos passados podem existir, mas o desejo de mudá-los é, particularmente dizendo, inaceitável. De uma forma ou outra, os erros e decepções fazem com que haja um amadurecimento. E tendem a nos levar ao progresso, e não à vontade de regredir.
No momento que tomamos uma decisão, não sabemos quais serão os frutos dela. Logo, mudarmos o passado seria tão incerto quanto quando o vivemos como presente.
Ora erro, ora acerto. Ora incerto, sempre incerto.
abril 04, 2010
Por que?

Sei bem, acreditem!, no quão ruim é querer um abraço de aconchego, e não ter. Como é desesperador não ter em quem olhar nos olhos e chamar de amor, ou qualquer outro apelido bobo e incompreensível. Compreendo a angustia de desejar alguém com um olhar mais sonhador, e não poder passar disso. Tão ingênuo.
Talvez por eu ainda não ter passado por esse fogo que, dizem ser, é o amor, que eu não entenda esse medo todo de não tê-lo novamente. Mas, cá comigo, concorda que eu deveria estar a puxar meu cabelo por poder cair morta sem nunca ter provado o gosto do tão dito? Por que, como já não é novo, amor só se sabe o que é, quando sente. Tanto é que explicações são vagas, são substituídas por meros sintomas como o de uma gripe qualquer.
Por fim. De novo aconteceu. Mais uma vez. Não quero perder mais amizades. Acho que nem quero mais tê-las comigo se for para vê-las escapar por entre meus dedos, por causa de uma ameaça de romance.
É tudo tão utópico e desnecessário. Tão tão.
março 29, 2010
Parte I – Significados.

Saudade: 1. Lembrança grata de pessoa ausente ou de alguma coisa de que nos vemos privados. (Dicionário Priberam)
Amor: 1. Sentimento que induz a aproximar, a proteger ou a conservar a pessoa pela qual se sente afeição ou atração; grande afeição ou afinidade forte por outra pessoa. (Dicionário Priberam)
Paixão: 1.Sentimento intenso de atracção!atração entre duas pessoas. (Dicionário Priberam)
março 27, 2010
60.

Em março de 2010, o Brasil participa oficialmente da Hora do Planeta. No sábado, 27 de março, entre 20h30 e 21h30, diversos monumentos e locais simbólicos do país serão apagados por uma hora para mostrar a nossa preocupação com o aquecimento global.
No Brasil, o apagar das luzes representa um sinal claro aos governos de que a população quer o fim do desmatamento, responsável por mais de 70% das emissões de gases de efeito estufa do país.
março 26, 2010
Estranha personalidade.

Não gosto de ser deixada falando sozinha, mas vivo o fazendo.
Falar comigo mesma em idiomas de autoria própria, aliás, me encantam, mas ter de interpretar dialetos alheios me cansam.
Preservo a calma e o silêncio, só que não me dê cinco minutos de poder que gritarei aos quatro cantos e ficarei vermelha de raiva.
Monotonia me corrói, entretanto mudanças são desprezadas por mim.
Tédio me dá dor de cabeça. E ter o que fazer, preguiça.
“Não me toque”. “Me abrace!”.
Piadas bem elaboradas são fracas para o meu humor, e situações bobas me fazem cair na gargalhada.
Sou estressada e bem resolvida superficialmente, mas sou carente e ligeiramente perturbada.
Escrever alivia minha mente, mas ler a bloqueia.
Gosto de amar e ser amada, mas reciprocidade deixa minha vida chata.
Distância me incomoda por não poder ultrapassá-la na maioria das vezes, mas agradeço sua existência por me impedir de matar alguém parte do tempo.
A voz, o tom, as palavras ditas me roubam o coração, mas o silêncio é mais completo para mim.
Preciso de pessoas a minha volta dizendo minhas qualidades, mas minha auto crítica não me deixa vê-las e ouví-las.
Sou confusa e determinada. Quieta e agitada. Calma e hostil. Auto controle perfeito, e descontrolada. Educada e respondona. Falo baixo, mas grito. Preso palavreado culto e de baixo calão. Gosto de mimos e odeio grude.
Sou eu mesma e não sou.